A Toyota é o novo parceiro da Uber. O fabricante de automóveis nipónico fez um investimento estratégico no serviço de "car sharing" que está a revolucionar o mercado dos transportes.
Como parte desta aliança, a Toyota vai criar opções de leasing nas quais os condutores de Uber poderão usufruir de condições mais flexíveis, podendo pagar os seus veículos através dos rendimentos do seu trabalho.
Atenta a um mercado que está em franca expansão, a Toyota quer "explorar novas formas de levar um serviço de mobilidade às pessoas que seja seguro, conveniente e atractivo", como referiu Shigeki Tomoyama, director administrativo da Toyota e presidente da Connected Company (uma subsidiária da marca japonesa), que acrescentou "o ride-sharing tem um enorme potencial em termos de moldar o futuro da mobilidade".
Ainda que as partes envolvidas não tenham revelado os valores oficiais do negócio, sabe-se que o investimento da Toyota não foi muito avultado. Pelo menos é isso que refere uma fonte próxima de todo o processo, que, de acordo com a Bloomberg, preferiu não revelar o nome. "A Toyota não tem interesse em assegurar uma posição importante na empresa [Uber] ou em eventualmente vir a controlá-la. A Toyota quer adquirir conhecimentos sobre como as pessoas usam os serviços de car-sharing", afirmou a referida fonte.
Esta parceria irá começar com uma fase de testes em países onde este serviço está em maior expansão e vai expandir-se a outras áreas, tais como o desenvolvimento de aplicações para automóveis que possam ajudar os condutores da Uber.
Toyota não está sozinha. A pareceria entre a empresa japonesa e a Uber surge no mesmo dia em que a Volkswagen anunciou um investimento de 300 milhões de dólares na Gett (serviço de táxi e concorrente da Uber) e mais de quatro meses depois da General Motors ter investido 500 milhões de dólares na Lyft, a grande rival da Uber em solo americano.
Os fabricantes de automóveis estão muito atentos aos serviços de mobilidade pessoal e já começam a pensar em fazer a ponte para os veículos autónomos, que no futuro poderão vir a alimentar de forma quase exclusiva a frota destas empresas.
Prova disto é a movimentação da Apple no mercado. Depois de investir 1 bilião de dólares na plataforma chinesa de transportes Didi Chuxing, é sabido que a marca de Cupertino está a desenvolver um automóvel autónomo.